sexta-feira, julho 02, 2004

O Templo do Debate Popular

Não adianta, o que a gente gosta mesmo é de jogar conversa fora! E o lugar, por excelência, onde se bate um bom papo é na mesa do buteco. De preferência naqueles em que a cerveja é gelada, barata, o dono não te expulsa e não te proíbe de cantar e batucar na mesa. Tá, tudo bem, você pode dizer que na conversa virtual não existe nada disso e falta o olho-no-olho, as cutucadas do interlocutor pra te chamar a atenção e outros detalhes que caracterizam a discussão de bar. Mas encare da seguinte forma: esse espaço pode servir de um bom pretexto pra gente começar as discussões e continuá-las, depois, na esquina mais próxima.

Puxe uma cadeira e pegue um copo! O nosso buteco fica aberto 24 horas por dia!

E como buteco também combina com samba, deixo aqui a letra do samba-enredo da Unidos da Tijuca de 1988.

TEMPLO DO ABSURDO
Beto do Pandeiro, Nego, Vaguinho, Monteiro, Ivair, Silva, Carlos do Pagode (Viu, mané! Se você estivesse no bar com os caras, seu nome tinha entrado também!)

Brasil... Bar Brasil
Berço das grandes resoluções
Pra quem se queixa que dá um duro danado
E é mal remunerado
Pro revoltado com as broncas do patrão
Ai, quem me dera se eu fosse um marajá
Ganhasse a vida sem precisar trabalhar
Mas acontece que é só a minoria
Que desfruta a mordomia
Nessa tal democracia

Apertaram o gatilho num salário baleado
Outra piada depois desse tal Cruzado (bis)

E segue o tormento
"Congelaumentos"...
É o preço da alimentação (que confusão)
O medo de sair, ser assaltado
E o plano mal traçado
A bomba que estourou em nossas mãos
As brigas com a patroa em casa
E o time que só faz perder
Não dá pra segurar, já chega de sofrer
Quero poder bebemorar
(Êta papo pra rolar...)

Êta papo pra rolar
No templo do debate popular
Pobres e ricos falam da dívida externa (bis)
Dos problemas desta terra
E se perguntam onde a coisa vai parar