Me tira o tubo... de imagem!
Ontem dei trabalho ao controle remoto. Enquanto a Globo transmitia a pelada para o Rio de Janeiro, tentei achar algo mais interessante para ver, além do mundo dos Marinho. Confesso que torci para que o Show do Milhão do Sílvio não tivesse saído do ar. Saracotiei pelos programas de João Kleber, Preta Gil, Adriane Galisteu, Luciana Giemenez.. até que, resignado, acabei apontando novamente o aparelhinho da NET para o canal 19. Bem a tempo de ver o Tuta ser gentilemnte convidado pela defesa (sic) do Flamengo a adentrar sua área e fuzilar o pobre Júlio César. Em que será que pensou nosso bravo arqueiro enquanto buscava a bola no fundo da rede?
Intervalo de jogo, o repórter corre para entrevistar Athirson. "O time jogou bem", declarou o número 6 do Fla. Estanquei. Pensei logo que havia perdido algum lance importante, imaginando que o nosso lateral-esquerdo tivesse sido atingido violentamente pelo adversário, tipo a entrada do Leonardo pra cima do Tab Ramos na Copa de 1994, saca? Afinal, só alguém impedido do pleno uso de suas faculdades mentais poderia deixar de perceber que, para o "time jogar bem", era preciso que esse time entrasse em campo. Ou será eu o louco aqui? Falando em louco, PC Gusmão gritava feito tal à beira do gramado, tentando posicionar em campo o bando vestido de rubro-negro. Meu caro PC, é mais fácil tentar o Playstation. Lá, pelo menos, você pode usar o joystick...
Resumo da ópera, que, para o nosso caso, está mais para réquiem: em todos os momentos da partida, eu lembrava daquele célebre bordão do personagem que sobrevivia com ajuda de aparelhos, encarnado por Jô Soares. Ao se deparar com algo que lhe causava desgosto, o moribundo sempre exclamava: "Me tira o tubo!"