domingo, julho 25, 2004

Filosoficamente falando

Começo minha divagação filosófica com a seguinte questão: existe história fragmentada?
Um homem olha uma banca de jornal. No bar, as mesas estão lotadas e o garçom aguarda um pedido. Um ônibus lotado parado em frente a um sinal vermelho numa movimentada rua da cidade.

E então, meu caríssimo leitor? Quais os significados e as significâncias, “filosoficamente falando”?

E meu olhar tridimensional filtrado na perspectiva binária! Somos testemunhas seletivas da história? Somos testemunhas oculares? Qual o grau de minha miopia gramatical? E a grande ocular de minhas perspectivas?

A visão de uma noite na mesa do bar ou da minha viagem de ônibus para Recife? Sou tomado por um grau de curiosidade atemporal. O que fará o historiador do século XXIX que deseje quantificar nossa vida cotidiana através dos diários virtuais?
Até que ponto, o Blog da Babilônia é um ponto de partida referencial em minhas divagações sobre o real, irreal e o material.

Sou um andarilho refletindo o limite do terceiro mundo sul americano aportuguesado continental.

Nesta incessante busca de desconstruir e reconstruir meu período histórico em contos, seria eu um referencial geo-espacial?

O historiador do futuro vai se debruçar sobre milhares de blogues, perdidos, esquecidos e desaparecidos pelo tempo. Um trabalho sobre humano de classificar, selecionar os principais pontos de referência, conversão e interjeição; tentando desesperadamente filtrar nossas subjetividades abstratas de pensamentos contextualizados em nosso tempo histórico – neste caso apontando para o século XXI de nossa internética galáctica, universo paralelo de mega informações. Nossa real “Matrix”.

Quantas palavras os Blogues produzem por décimo de segundo? Seriam 800.000 P/dec.? Bateríamos o novo record global? Mas esse não é o cerne da questão, nem da equação e sim - qual a importância real desse mar de palavras virtuais?

Sou tocado por essa duvida: Por que passo horas a elaborar um novo post nesta mesa de bar numa sexta feira, aqui em frente ao prédio do Maracanã? A única certeza que tenho é a possibilidade de tocar a alma do caríssimo blogueiro que irá opinar, debater, comentar... e na pior das hipoteses ignorar esse tedioso e inútil texto.

Confesso que esse é um motivo que afeta exclusivamente meu ego, minhas vaidades e estima. Ter a certeza de que os textos são visitados e re-visitados. Ahhh como somos tocados pelas significâncias, nesta minha insignificância e.... Ops, meu copo está vazio!!!

- Garçom, por favor, mais uma gelada!!!! Onde eu estava mesmo? Ahhhh deixa pra lá!!!!

quarta-feira, julho 21, 2004

Beija Flor do Maracanã

Então está combinado, deixemos os teclados de lado e vamos nos encontrar, ao som do jogo do Brasil X Uruguai.
Local: Beija Flor do Maracanã (Bar do Ernani)
Horário: 18:00 hs

terça-feira, julho 20, 2004

Triste equação


segunda-feira, julho 19, 2004

Garçom, mais uma cerveja e um copo

Pois então, adentro ao bar e já com a conversa animada sou convidado a sentar pelo Fernando Peixoto, puxo uma cadeira na MESA DE BUTECO e solicito com o dedo em rije:

- "Garçom por favor, mais uma cerveja e um copo"

Chegando diretamente da terra de Guararapes, depois de uma semana aproveitando a capital Pernambucana, me sinto honrado, e já embriagado na alma virtual da MESA DE BOTECO.

Como Socabense da Bazófia, e infame frequentador das távolas botequinais e contentor das quermeces clero-etilicas, peço licença, jogo um trago pro Santo, conclamo um brinde e vou me aconchegando na mesa.

Mil Palavras

O primeiro editor de textos que usei foi o Carta Certa. Lembro que esse software estava no pacote de um curso de informática - o Micro News - que entrei em 1989, mas acabei largando ainda no primeiro módulo, o de programação em Basic (!). O curso era MUITO pilantra...
 
Em 1993 fui trabalhar no departamento de computação da faculdade de engenharia da UERJ e finalmente comecei a usar o computador, na época um xt com monitor de fósforo verde. Já havia um 286 e um 386 no meu setor de trabalho, mas os "verdinhos" eram mais acessíveis para mim. E foi neles que comecei a usar o Carta Certa. Sua interface não era nada amigável e para cada formatação feita no texto, era preciso digitar o comando.
 
Mas porque estou escrevendo essas coisas? Pelo simples fato de que a linguagem html trabalha da mesma forma. Meus caros amigos de buteco já devem ter percebido que o Blogger acrescentou uns comandos na barra de ferramentas de edição do post, mas para inserir imagens ainda é preciso digitar o comando, ou tag, em inglês. É isso que vou tentar explicar agora.
 
Antes de mais nada, é preciso que a imagem que se quer inserir esteja hospedada em algum site. O buscador de imagens do Google é uma boa ferramenta para procurar a imagem certa que você quer usar. Se a imagem for "inédita", é só me mandar que eu hospedo na minha conta do blogger.com.br .
 
Imagem achada, basta digitar seu endereço completo junto com a tag html. Por exemplo, a imagem que usei para este post foi encontrada no endereço http://www.asahi-net.or.jp/~jy3k-sm/misc/dali2.jpg . Por isso usei o comando (img height="277" src="http://www.asahi-net.or.jp/~jy3k-sm/misc/dali2.jpg" width="211" align="left" border="1" space="5" bordercolor="#000000" /), substituíndo os ( ) das extremidades por < >, onde: 
 
width="211" height="277" :  A imagem original era muito grande, tinha 554 de altura e 423 de largura. Não é bom usar imagens grandes em sítios da internet, pois elas demoram a abrir. Para reduzi-la à metade, usei esse comando.
 
align="left" : para alinhar a imagem no lado esquerdo.
 
border="1" : grossura da borda.
 
bordercolor="#000000" : cor da borda (preta).
 
space=5 : espaço entre a imagem e a borda.

Uma boa dica: antes de publicar o post, clique em preview, para ver se saiu tudo direitinho e não se certificar que não houve nenhum erro nos comandos! Outras dicas bastante valiosas sobre como turbinar os seus textos, você encontra no sítio do Edney Souza, o Interney .





segunda-feira, julho 05, 2004

O futebol em listrinhas

Os acontecimentos da última semana no Planeta Bola foram, no mínimo, esquisitos. Não é todo ano que vemos os resultados obtidos por campeonatos expressivos da comunidade internacional, como a Eurocopa e a Taça Libertadores da América. E, se analisarmos bem, quem apontaria o Porto como campeão europeu antes do início da competição?

É justamente por isso que tenho que discordar do meu futuro colega de profissão - te mete! -, o jornalista Juca Kfouri. Em seu artigo publicado ontem no jornal Lance!, Kfouri assinou o atestado de óbito de um animal famoso no futebol, como sugeriu já no título da matéria: "A zebra morreu".

Fui consultar meus alfarrábios eletrônicos, ou seja, as páginas do Google, para descobrir em que momento o nobre eqüídeo desembarcou no vocabulário esportivo, vindo diretamente das savanas africanas. No site Futebol: linguagem e paixão, encontrei a informação de que teria sido o técnico Gentil Cardoso o autor da idéia. Muito provavelmente sua inspiração veio do jogo do bicho, onde a zebra não figura entre os 25 animais e obviamente os apostadores jamais esperam que dê a bichinha no sorteio.

A julgar pelo sentido da expressão, enquanto times que ninguém imagina que sejam campeões - nem seus prórpios jogadores - continuarem surpreendendo e abiscoitando os troféus de grandes competições, a zebrinha continuará trotando pelos quatros cantos do mundo. Em sua mais recente aparição, foi vista em Portugal linda, gorda e feliz, com listras azuis, pastando pelo gramado do Estádio da Luz.

E digo mais: enquanto houver equipes como as seleções de Tonga e de Samoa Americana, também irá existir time bobo no futebol!

sexta-feira, julho 02, 2004

O Templo do Debate Popular

Não adianta, o que a gente gosta mesmo é de jogar conversa fora! E o lugar, por excelência, onde se bate um bom papo é na mesa do buteco. De preferência naqueles em que a cerveja é gelada, barata, o dono não te expulsa e não te proíbe de cantar e batucar na mesa. Tá, tudo bem, você pode dizer que na conversa virtual não existe nada disso e falta o olho-no-olho, as cutucadas do interlocutor pra te chamar a atenção e outros detalhes que caracterizam a discussão de bar. Mas encare da seguinte forma: esse espaço pode servir de um bom pretexto pra gente começar as discussões e continuá-las, depois, na esquina mais próxima.

Puxe uma cadeira e pegue um copo! O nosso buteco fica aberto 24 horas por dia!

E como buteco também combina com samba, deixo aqui a letra do samba-enredo da Unidos da Tijuca de 1988.

TEMPLO DO ABSURDO
Beto do Pandeiro, Nego, Vaguinho, Monteiro, Ivair, Silva, Carlos do Pagode (Viu, mané! Se você estivesse no bar com os caras, seu nome tinha entrado também!)

Brasil... Bar Brasil
Berço das grandes resoluções
Pra quem se queixa que dá um duro danado
E é mal remunerado
Pro revoltado com as broncas do patrão
Ai, quem me dera se eu fosse um marajá
Ganhasse a vida sem precisar trabalhar
Mas acontece que é só a minoria
Que desfruta a mordomia
Nessa tal democracia

Apertaram o gatilho num salário baleado
Outra piada depois desse tal Cruzado (bis)

E segue o tormento
"Congelaumentos"...
É o preço da alimentação (que confusão)
O medo de sair, ser assaltado
E o plano mal traçado
A bomba que estourou em nossas mãos
As brigas com a patroa em casa
E o time que só faz perder
Não dá pra segurar, já chega de sofrer
Quero poder bebemorar
(Êta papo pra rolar...)

Êta papo pra rolar
No templo do debate popular
Pobres e ricos falam da dívida externa (bis)
Dos problemas desta terra
E se perguntam onde a coisa vai parar